O homem a quem o marketing continua a chamar "o rei da Pop" não resistiu a uma paragem cardíaca e deixou por, finalmente, fim à carreira e à vida.
Jackson marcou a música norte-americana (i.e., estado-unidense) e, como consequência natural, marcou-nos a todos em doses diferentes. Soube inovar ou soube escutar quem o aconselhou a tal. Antes de Thriller e o seu "aterrorizador" vídeo, os telediscos eram incipientes. A partir daí, os orçamentos e o reconhecimento artístico dos vídeos musicais não pararam de aumentar.
A vida de Mickael Jackson continuará a ser contada e servirá, concerteza, de tema a muitas obras. A sua personagem é fascinante pelo aspecto camaleónico, pelo trajecto decadente, pelas fobias...
O homem que não queria envelhecer e que, tal como Peter Pan, queria viver na Terra do Nunca e rodear-se de crianças; o homem que foi acusado de molestar sexualmente rapazinhos mas que proporcionava a tantos condições de vida com que nunca sonhariam; o benemérito; a criatura que vivia apavorada com os germes, com o toque dos outros, com o ar impuro; o endividado; o preto que queria ser, literalmente, branco... Jackson foi uma fonte de notícias, de histórias, de piadas, em proporção inversamente proporcional à do seu êxito. Conforme a sua estrela se foi apagando, avançaram as sombras.
A pop perdeu o seu rei, um rei andrógino mas digno de um reinado eterno.
Aqui fica o respeito pela sua obra
Aqui fica o respeito pela sua obra
Sem comentários:
Enviar um comentário