Siza Vieira dedica à família prémio que vai receber da Rainha Isabel II
Londres, 25 Fev (Lusa)
O arquitecto Álvaro Siza Vieira dedica à família a Medalha de Ouro Real 2009, atribuída pela ordem dos arquitectos britânicos em nome da rainha Isabel II, que o receberá na quinta-feira em Londres.
O arquitecto diz que irá pensar especialmente nos seus filhos quando receber o galardão, que premeia o trabalho de uma vida, na quinta-feira no Instituto Real dos Arquitectos Britânicos (Riba, no acrónimo inglês).
Siza Vieira tem dois filhos, Álvaro Leite Siza, também arquitecto, e Joana Marinho Leite Siza, fruto do casamento com Maria Antónia Siza, falecida em 1973.
"Não vieram porque não puderam", lamentou, em declarações à agência Lusa, à chegada à capital britânica, onde está acompanhado por amigos, nomeadamente o também arquitecto Eduardo Souto Moura.
Siza Vieira considera ser "uma grande honra" receber a distinção, criada em 1848 com o patrocínio do príncipe Alberto e atribuída anualmente, com excepção do ano em que a rainha Vitória morreu, em 1901.
Na quinta-feira, antes de uma cerimónia na sede da Riba, o autor do projecto para o Pavilhão de Portugal na Expo`98 encontrar-se-á cerca de "cinco minutos" com a Rainha Isabel II no Palácio de Buckingham para receber a medalha real.
"É uma coisa muito curta, só devo ter tempo para dizer Your Highness. Ma`am, como se diz aqui", diz, ainda incerto sobre o protocolo que irá seguir.
"Ainda vou fazer umas perguntas para não fazer alguma coisa indevida", observa.
Hoje, depois de entrevistas com a imprensa, dá uma palestra para arquitectos e convidados, terminando o dia com um jantar com o arquitecto inglês David Chipperfield.
Apesar de trabalhar com regularidade em Espanha, Itália, Holanda ou França, Siza Vieira apenas fez um trabalho no Reino Unido, um pavilhão temporário da Serpentine Gallery, no Hyde Park, em 2005.
"Foi vendido no dia em que abriu, mas não sei onde está, não dizem", refere, convicto de que o comprador foi uma pessoa com dinheiro que terá montado de novo o pavilhão num espaço particular.
A falta de obra sua no Reino Unido não é por não receber convites, mas devido à opção de não participar em concursos públicos, que exigem um trabalho intenso em pouco tempo.
"O trabalho mais interessante, o trabalho de obra pública, é feito hoje sistematicamente por concurso e eu não tenho feito concursos", explica.
Outra razão para não precisar de o fazer é porque tem propostas noutros países e também porque prefere manter uma estrutura pequena, que hoje conta com cerca de 25 colaboradores.
"É uma opção porque eu gosto de seguir os trabalhos totalmente e a partir de uma certa dimensão as regras são outras", sustenta.
Um dos projectos em que está a trabalhar é uma torre de 45 pisos para habitação em Roterdão, na Holanda, o mais alto edifício que projectou.
Depois de já ter desenhado habitações sociais, vivendas particulares, museus, restaurantes ou adegas, este "arranha-céus" é visto apenas como mais um elemento da sua formação "que não acaba" como arquitecto.
"A cidade é feita de edifícios grandes, pequenos, repetitivos, singulares", responde àqueles que possam admirar-se por ter aceite este tipo de trabalho.
"A nossa formação tem de contemplar tudo isso porque tudo está relacionado na cidade", vinca.
O arquitecto diz que irá pensar especialmente nos seus filhos quando receber o galardão, que premeia o trabalho de uma vida, na quinta-feira no Instituto Real dos Arquitectos Britânicos (Riba, no acrónimo inglês).
Siza Vieira tem dois filhos, Álvaro Leite Siza, também arquitecto, e Joana Marinho Leite Siza, fruto do casamento com Maria Antónia Siza, falecida em 1973.
"Não vieram porque não puderam", lamentou, em declarações à agência Lusa, à chegada à capital britânica, onde está acompanhado por amigos, nomeadamente o também arquitecto Eduardo Souto Moura.
Siza Vieira considera ser "uma grande honra" receber a distinção, criada em 1848 com o patrocínio do príncipe Alberto e atribuída anualmente, com excepção do ano em que a rainha Vitória morreu, em 1901.
Na quinta-feira, antes de uma cerimónia na sede da Riba, o autor do projecto para o Pavilhão de Portugal na Expo`98 encontrar-se-á cerca de "cinco minutos" com a Rainha Isabel II no Palácio de Buckingham para receber a medalha real.
"É uma coisa muito curta, só devo ter tempo para dizer Your Highness. Ma`am, como se diz aqui", diz, ainda incerto sobre o protocolo que irá seguir.
"Ainda vou fazer umas perguntas para não fazer alguma coisa indevida", observa.
Hoje, depois de entrevistas com a imprensa, dá uma palestra para arquitectos e convidados, terminando o dia com um jantar com o arquitecto inglês David Chipperfield.
Apesar de trabalhar com regularidade em Espanha, Itália, Holanda ou França, Siza Vieira apenas fez um trabalho no Reino Unido, um pavilhão temporário da Serpentine Gallery, no Hyde Park, em 2005.
"Foi vendido no dia em que abriu, mas não sei onde está, não dizem", refere, convicto de que o comprador foi uma pessoa com dinheiro que terá montado de novo o pavilhão num espaço particular.
A falta de obra sua no Reino Unido não é por não receber convites, mas devido à opção de não participar em concursos públicos, que exigem um trabalho intenso em pouco tempo.
"O trabalho mais interessante, o trabalho de obra pública, é feito hoje sistematicamente por concurso e eu não tenho feito concursos", explica.
Outra razão para não precisar de o fazer é porque tem propostas noutros países e também porque prefere manter uma estrutura pequena, que hoje conta com cerca de 25 colaboradores.
"É uma opção porque eu gosto de seguir os trabalhos totalmente e a partir de uma certa dimensão as regras são outras", sustenta.
Um dos projectos em que está a trabalhar é uma torre de 45 pisos para habitação em Roterdão, na Holanda, o mais alto edifício que projectou.
Depois de já ter desenhado habitações sociais, vivendas particulares, museus, restaurantes ou adegas, este "arranha-céus" é visto apenas como mais um elemento da sua formação "que não acaba" como arquitecto.
"A cidade é feita de edifícios grandes, pequenos, repetitivos, singulares", responde àqueles que possam admirar-se por ter aceite este tipo de trabalho.
"A nossa formação tem de contemplar tudo isso porque tudo está relacionado na cidade", vinca.
in: 2009 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
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